Quando eu era pequeno costumava escrever cartas para minha mãe. Usava canetas vermelhas, chamam mais a atenção e desviam o foco do conteúdo. Descobri isto já muito tempo depois, interessante.
Interessante o vermelho por vezes e versos é identidade do Amor. Desvia a atenção e o foco. Não. Isto, se não me enganam os poemas, é paixão. Paixão, ou Amor, o certo é que eu acabava conseguindo o que queria. Hoje é mais difícil, já deve ter percebido, oralmente eu me atrapalho.
Escrever algo pra ti é bom. Parece que estamos de papo, mas só eu falando. Assim, no texto, eu me sinto o dono das palavras. É um sensação de poder, de autoridade, mista com o teu silêncio, sem tua presença. Faz pouco tempo que nos conhecemos não é? Mas tenho a impressão que já se passaram anos luz de tanto que eu me acostumei a tua amizade.
Talvez numa dessas nossos caminhos não sejam iguais. Aprendi isto. É melhor o momento do que as lembranças dele. Mas. Por outras óticas. A realidade é baseada nas lembranças, identificamos um disco voador, porque já vimos discos e pássaros . Já para o ET lá em cima, o disco pode ter outro nome, e voar ser outro verbete.
Fiquei pensando no que você me disse. “Você não é o que aparenta ser.” É, estranho. Talvez eu seja um ET, e na realidade eu seja verde florescente. Seria legal. Um belo dia eu retirar meu capacete e mostrar minha antenas vermelhas. Vermelhas chamam a atenção e desviam o foco.
Se eu não for um ET, eu sou o Alan mesmo, teu amigo, bem estranho, diferente, extra-terreno, e se eu fosse tentar parecer algo, seria algo mais dentro da regra, suponho. Bom, escrevo esta carta bem tarde da madrugada. Minha Hipermetropia já dói, sinto-me meio cego. Você deve está dormindo seu sono baiano, mesmo assim. Boa noite, Júh.
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